domingo, 3 de abril de 2022

Nocturno.

O silêncio com penumbra permite-me ouvir e ver outras coisas, poderei até dizer, pensando melhor, que presto atenção ao que estava abafado, escondido pelo "ruído", o arroubo da subtileza.


A metáfora do som atravessa o efeito luz, a perda da cor, o esvair do verde pelo pecíolo, a folha de papel pardo, apesar do início da primavera: sempre caem folhas, poucas, em início de novo ciclo.


Talvez ecos, saudades do outono, em meu outono: um conto da Beatrix e água morna a confortoO quanto há de circunstância, ou de inventado, no meu queria ser.



Post scriptum:

«Por uma questão de simetria, intuímos a necessidade de uma nova frase que descreva a variação espacial tipo “divergência” do campo magnético. Poderá parecer estranho que falemos de simetria, beleza ou arte no contexto das leis da Física, mas são efectivamente argumentos de simetria que estão na base de todo o modelo standard [7].»
[Procurem AQUI, a partir da página 28]

«Sim, este renascimento está nas mãos de todos nós. É da nossa responsabilidade que o Ocidente produza anti-Alexandres que deveriam renovar o nó górdio da civilização, cortado pela força da espada. Para isso, nós devemos assumir todos os riscos e as tarefas da liberdade. Não se trata de saber se, perseguindo a justiça, nós conseguiremos preservar a liberdade. É essencial saber que, sem a liberdade, nós não conseguiremos realizar coisa alguma, e que perderemos tanto a justiça do futuro quanto a beleza do passado. A liberdade por si só retira os homens de seu isolamento; a servidão domina uma multidão de solidões. E a arte, por virtude dessa essência livre que vim tentando definir, une o que quer que a tirania separe. Não é de se surpreender, então, que a arte seja o inimigo marcado de toda forma de opressão.»
[Procurem AQUI, a partir da página 14]

Nocturno versus noturno: a perda do som, a perda da raiz.


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