domingo, 30 de maio de 2021

Colherzinha de plástico...

Depois de comido o gelado,



Passeando pelo jardim,

Em dia de ventania.

Que fique assente os meus pecados.

terça-feira, 18 de maio de 2021

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Por mais voltas que dê...

Deixo-me levar, e não sei
Acontece-me ficar assim encantado
Com a beleza a meus olhos
Crédulo e sem respostas
Permanente estar a tempo
Que se esvai

Tanto de nada.
Sou assim, e pago o preço.

Colhida para Ti,
O que não faria
A orquídea
em
pirâmide

Eis o cálice...

domingo, 2 de maio de 2021

Discorrendo.

Nas duas existe imprecisão, na fronteira bem humana em que a impercetível deriva diária causa mais afastamento do que o movimento brusco. O desleixo causa mais dano do que a fúria, corrói. Talvez nas Cartas de Santa Clara consiga chegar ao que ouvi ontem.



Podar é balancear, não basta olhar para o ramo seco, também o vivo poderá ter de ser cortado, para que outros ganhem renovado vigor. É como o ditado: há chuva que seca e sol que rega. fruto que atesta a justeza do trabalho.


Seja a causa ou o protetor, parábola ou prática de gestão [“Alexandre, a nossa querida companhia está a perder agressividade”], o fio condutor é o mesmo:  que haja um pouco para todos, e que ninguém se perca em demasia.


O caminho [da vida] fica mais fácil com marcação, por pouca que seja, ou até mesmo impercetível [quando está mas não se quer / consegue ver], especialmente em dias de má visibilidade. Penso que a resposta ao Eugénio Lisboa passa por aqui: a cultura como fenómeno evolutivo coletivo [redundância pois o evolutivo pressupõe o coletivo, não há evolução sem o coletivo, pois um só não se reproduz], não existe para o individuo, condiciona-o e desenvolve-se com o sucesso do seu grupo.

Da beleza perdida / escondida à beleza esclarecida, qualquer que seja o caminho, desde que esclarecido.


Houve uma parte interessante, que me deu um conhecimento da vida enorme, enorme, enorme. Ter trabalhado como operário no turno da noite. Seis semanas. E trabalhei como vendedor cinco meses. Levantava-me às cinco da manhã e deita-me às dez, onze. Vendia, entregava e carregava uma tonelada de margarina por dia. Com os vendedores, aprendi os truques todos. [AQUI]
Uma lição de vida, de conduta. É a única coisa que me interessa deixar. O resto é um património que têm de cuidar, para o qual outras pessoas contribuíram. Meu é aquilo que penso, aquilo de que gosto, aquilo que defendo e que espero que topem. E que tenham respeito pelas pessoas. Só me irrito verdadeiramente quando não há respeito pelas pessoas. [AQUI]

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Post scriptum

O ponto de partida desta mensagem foi o que ouvi na missa por intensão de meu pai, no Dia de S. José Operário, Igreja Alto do Lumiar – Paróquia da Nossa Senhora do Carmo. O Mosaico completou-se com as entrevistas ao empresário Alexandre Soares dos Santos, pelo qual o meu pai tinha consideração, árvores que encontrei pelo caminho [choupo-negro], e um pendente que tenho por resolver, tanto mais que é questão sobre a qual ocupo ociosamente o meu tempo: o que é a cultura?... para que serve foi a questão colateral colocada por Eugénio Lisboa, que me traz à memória Rubens Borba de Moraes: Para que servem livros antigos?... Para que serve a poesia?...
Velhos cavalheiros.