domingo, 31 de maio de 2015

Os caranguejos do Carl na prosa do Wenceslau e do Lafcadio.

Por esta ordem de autores esta história chegou até mim:
  1. A seleção artificial (página 25 do livro, episódio 2 da série Cosmos) do Carl Sagan;
  2. A encarnação dos Taira afogados do Wenceslau de Moraes;
  3. Os espíritos de guerreiros do clan Heiké-gani do Lafcadio Hearn.

eis o esboço que posso offerecer-vos,
(desenho de Wenceslau de Moraes)

mandei photographar um caranguejo.


O pano de fundo é a batalha de Dan-no-ura, Japão, 25 de abril de 1185.



Minamoto no Tomomori.
A amante Tenjo-no-Tsubone.
O guerreiro Sagami Goro.

Tsuba alusiva à batalha de Dan-no-ura.

Reler Os carangueijos de Dan-no-ura, por Wenceslau de Moraes.

----------------------------------
P.S. Os jacarandás estão exuberantes, este rompe o verde ao redor, outros despem-se do verde... singelos, inesperados, não é preciso procurar o mais bonito, o maior, o melhor... enquadramento, técnica, lente, máquina, pouco importa... eles estão aí... a cor, o cheiro, o pegajoso nos pés.


Hoje, perto de mim, sem preocupação... com descontração.

O último jacarandá florido de Lisboa.

Há 161 anos (30 de maio de 1854) nasceu em Lisboa, na Travessa da Cruz do Torel, n.º 4, Wenceslau de Moraes.

Work(s) of Lafcadio Hearn.

Heikegani.

Maggie May by Rod Stewart (não tem nada a ver, mas aconteceu ouvir, e foi tão bom).

terça-feira, 26 de maio de 2015

Cólofon (colofão).

Não dá direito a troca, começa no teu ano (foi ano olímpico), segue para a "fotografia memorável?", e a 1.ª edição portuguesa é de abril deste ano (está no cólofon), tudo junto não era para ser o teu presente, mas foi o que te calhou em rifa. O resto saberás no dia 26 quando visitares o meu blogue :)

Mais uma, mais um... 47 voltas, 47.º prego :)

Dos primos Carlos, Roberta e Gustavo

----------------------------------

Assim está escrito na dedicatória da tua 47.ª volta ao Sol, inserta no livro, mas inicialmente tinha pensado no bilhete para visitares a exposição "Tesouros da Fotografia Portuguesa do Século XIX", só que no domingo de tarde "tropecei" neste livro, que começa logo pelo ano do teu nascimento, e lembrei-me de ti. Folheei, li, para a frente e para trás, e gostei tanto que resolvi oferecer-te (espero não ter sido só o meu deslumbramento).

Mas o que tem isto a ver com o cólofon?... é que no domingo de manhã, quando estava a preparar material para a mensagem a colocar no blogue, fiquei curioso com o que aparece escrito na última folha do livro que estava a digitalizar


(olho sempre a última folha, normalmente existe uma data, um local, onde foi impresso, algo que me ajuda a "situar" o livro), mas não sabia o nome técnico que se dá a essa folha. Fiz a pesquisa e rapidamente encontrei duas páginas (AQUI e AQUI) que me esclareceram, e que me levaram à descoberta do poema Cólofon de Vitorino Nemésio (página 103).

O nome técnico é colofão, também se pode usar cólofon (antiga cidade grega), e atualmente é substituído pela ficha técnica, esta é a do teu livro.


Bem, tudo isto aconteceu no domingo, e por isso ficou junto, e ainda "ganhei" um poema, e a propósito, o teu livro tem badanas (e não é bacalhau :)

domingo, 24 de maio de 2015

Magoito anos 50.

O ponto de partida é a menina da foto, que se reconhece nela, bem como o local.


Foto do livro "Sintra... e suas gentes", página 195 (fotografia de Francisco Costa).

Teria 5 a 6 anos, pois tinha o cabelo curto, e quando entrou para a escola aos 7 anos recorda-se de que já estava comprido. Assim a data provável desta foto é 1953 ou 1954, na altura da vindima.



A menina (P3) é a Maria Elisabete, o homem que carrega os cestos (P2) é o João Vicente (falecido), o menino ao seu lado (P1) o José Carolino, ou o seu irmão António (falecido), o próprio José Carolino com quem falei não tem a certeza, também fiquei a saber que Carolino é uma alcunha que vem do nome de sua avó, uma curiosa coincidência pois a família do meu pai também são conhecidos por Carolinos, só que do concelho de Mação. A pessoa P4 continua por identificar (se tem alguma pista contacte o autor deste blogue).

O local é perto do Largo do Comércio, Magoito, onde hoje fica o Restaurante Almofariz (C1), mas que na altura era uma casa onde se guardavam as uvas (casta Ramisco), que posteriormente eram recolhidas pela Adega Regional de Colares para o fabrico do vinho de Colares. A casa ao longe (C2) também existe, é a Vivenda Fidalga.

----------------------------------
P.S. Descobrir Magoito (outrora Magoute e Magoite) e arredores:

Classe alta, média e baixa.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Bem-me-quer...

parabéns Roberta :)


voltas ao Sol :)

Foi "colhida" em Belém, lembras-te?... de uma fiz vinte e ficou assim :)

domingo, 10 de maio de 2015

Haiku na Ribafria.

Haiku... forma de poetar japonesa, aqui explicada pelo poeta e médico Jorge de Sousa Braga, na introdução ao livro "O Gosto Solitário do Orvalho seguido de O Caminho Estreito", que reune no mesmo volume, edição de 2003 da Assírio & Alvim, poemas organizados por estação e o diário de viagem, ambos de Matsuo Bashô.




Cada um de nós tem os seus pontos de interesse, mas o importante é estar atento, cultivar os sentidos na curiosidade, dar atenção aos pormenores, e no meu caso junto-lhe ainda o gosto pela simplicidade, é ela que me preenche.

Vem isto a propósito de uma tarde bem passada no Jardim da Quinta de Ribafria, local aprazível, com belos e tranquilos recantos, desfrutando a natureza à sombra do tempo ameno e lento...




... caminhando, conversando, fotografando, lendo (haikus) e escutando, nós e a natureza, a Banda Sinfónica do Exército, foi assim no passado dia 1 de maio.



Fica pois a minha sugestão para dias de primavera: passear no Jardim da Quinta da Ribafria, desfrutar o espaço, sozinho ou acompanhado, estar atento, há de tudo um pouco, até estórias de tesouros e estas luminárias suportadas por figuras de dragão (ideia do arquiteto Vasco Regaleira?)... um "must"...



... e podem experimentar ler haikus, estes são sobre a primavera, basta imprimir esta folha e partir à descoberta do espaço-tempo ameno e lento... 31 de maio e 7 de junho vamos ter novamente bandas na Ribafria, consultar AQUI.




----------------------------------
P.S. POESIA ILIMITADA;
     Quinta dos Ribafrias;
     Os de Ribafria - Alcaides-Mores da Vila de Sintra;
     A Alagamares e a Quinta da Ribafria;
     Cronologia Sintrense de 1901 a 2000;
     Francisco Caldeira Cabral, projetos década de 1950;
     Vasco de Morais Palmeiro Regaleira.