domingo, 23 de abril de 2017

Estanhado...

Certamente não é de estar zangado [estanhado], e do estanho apenas a coincidência do número atómico com o número de voltas ao Sol. Forma de contabilizar o tempo que passa... razão de melancolia [uma das].

É pouco ser apenas uma constatação. Mais um!

Calculando, para sessenta faltam apenas dez, para setenta vão vinte, mas os vintes já estão a trinta de distância, e os trinta estão a vinte, mas só por agora, pois o incremento anual vai afastando os princípios [décadas vencidas] e aproximando o fim [o derradeiro segundo].

O que aconteceu "perdeu-se" entre estas duas datas...


Dia de Páscoa de 2017, no jardim do Palácio de Monserrate em Sintra. ACASO TENTADO.

No primeiro ano. INTUITO ENSAIADO.

Também tenho
Palavras doces e amargas
Para apresentar à mesa da poesia
Palavras doces e amargas
Também tenho


O importante não deve andar muito longe da imagem que se segue. O problema é que ela [a imagem] não é o quotidiano, e é precisamente no quotidiano que, sem se dar por isso, se vão juntando os dias que fazem passar os anos (plagiando Millôr Fernandes).



Dia de Páscoa de 2017, no jardim do Palácio de Monserrate em Sintra.
ENQUADRAMENTO INTENCIONAL.

O que tenho presente no quotidiano, e que tem vindo em ascendente clarear, são as «minhas evidências» [aforismos do que vejo e leio, pratico e sinto]:
  • Procurar o sentido estético da vida. Porquê?... porque é uma bela razão;
  • Somos [todos] mais parecidos uns com os outros do que julgamos. No bem e no mal;
  • A simplicidade [frugalidade] liberta. Porquê?... porque não temos de carregar tanto;
  • A compaixão é o espelho da nossa condição... humana.

«Imaginar cenas violentas é um exercício e uma terapia porque a violência imaginada não provoca mal. Seria bom se no mundo as pessoas pudessem fazer este tipo de terapia. Se as pessoas fizessem este exercício de forma meticulosa e realista, o mundo seria um sítio melhor. As pessoas teriam menos propensão a agir de forma violenta contra os outros»
Park Chan-wook, realizador de cinema, AQUI.

«Na realidade, eles anseiam por harmonia tanto entre a natureza e o ser humano como nas relações interpessoais; um género de harmonia que se baseia na beleza e nos valores sensoriais e emocionais.»
Adelino Ascenso, AQUI, página 55.

Coisas extraordinárias estão para acontecer [ilusão?].

Anteontem [21 de abril]... o que acabei de escrever.

Ontem [22 de abril]... Dia da Terra.

Hoje [23 de abril]... Dia Mundial do Livro: «Há metáforas que são mais reais do que a gente que anda na rua. Há imagens nos recantos de livros que vivem mais nitidamente que muito homem e muita mulher. Há frases literárias que têm uma individualidade absolutamente humana.»
AQUI, página 96.


«Efemérides dum epistolário» de Venceslau de Morais, então com 67 anos. Retirada do livro «Os Amores de Wenceslau de Morais».

Amanhã... o caminho segue... no balanço.

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