domingo, 8 de fevereiro de 2015

Democracia, crescimento e... vacas.

Delegamos o poder em alguém, uma escolha feita, a maior parte das vezes de forma inconsciente, como quem preenche um boletim de Totoloto, ou escolha clubística, que não se muda, e normalmente o resultado sai caro. É uma demissão-omissão, com tiques paternalistas (o estado tem de cuidar de nós), praticada por muitos, alguns até se acham progressistas.

A democracia incensa o eleito, cobre todas as suas incompetências, e assegura por si só o bem estar material (ideia falaciosa). Se alguma coisa correr mal assume-se a responsabilidade política, pode até demite-se, e no fim fica tudo bem, para o eleito. Só que a incompetência e as asneiras, partindo do pressuposto de que não existem seres mal-intencionados, normalmente tem custos em termos de recursos desperdiçados, e sempre aparece uma conta para pagar. É aqui que entra o crescimento.

Crescer, criar riqueza, é fácil, como se fosse possível isso acontecer de um momento para o outro, e sem limites. Não só nada pode crescer de forma indefinida neste mundo finito (há limites ao crescimento), como leva tempo, por isso é melhor pensar duas vezes antes de começar a delapidar recursos.

Primeiro desperdiça-se, depois aplica-se o penso rápido do crescimento, e voltar ao início. Só que não é assim, o mundo real ai está para o relembrar... atrasar.

Supondo que temos uma manada de vacas leiteiras, e que deixamos morrer algumas por nossa incúria, para repor a capacidade de leite entretanto perdida não basta dizer vamos criar mais vacas, porque o que se perdeu leva tempo a repor. Até que isso aconteça vai haver menos leite, alguns não dão por isso, mas a maioria vai ter menos, ou nada. É o tempo das vacas magras.

----------------------------------
P.S.

Sem comentários:

Enviar um comentário