domingo, 4 de outubro de 2015

Dá-me o obséquio dos teus masseteres.

Bem poderia ser o Rogério a pronunciar esta frase na sala de aula, num misto de vaidade e provocação. Previamente tinha procurado e escolhido as palavras no dicionário. Lembrei-me dele, a nossa (quantos éramos?) ida à Livraria Ferin, e a sua desenvoltura no alto de um escadote, e o livro que desceu.

Lembras-te do Celestino?... imbativel no Pac-Man, o chegar atrasado à aula, desculpando-me com a compra de uma carga para a esferográfica (a papelaria ficava perto do salão de jogos). A professora Emília ria, e chegou a comentar com a minha irmã o meu "gasto de tinta". A tua passagem pela turma do gang do Gama, certamente alguns deles já não estarão vivos, a "coleção" de lâmpadas, e na minha turma as brincadeiras do Celestino com o professor de Filosofia, o célebre letreiro que lhe colou nas costas (sou p...).

Mas vou parar por aqui este princípio de turbilhão desordenado, estou a escrever à medida que recordo, e o que recordo certamente se passou, mas não é tudo, nem é tudo como se passou, e pouco interessará à maioria dos que me irão ler, pois são estórias da adolescência, iguais ou não a tantas outras, as nossas "teenadas". Foi por essa palavra, inventada por ti Paulo, que resolvi dar continuação à mensagem anterior, e voltar ao tema da adolescência, mas agora para todos.

A "Viagem errática e fim de Pierre Bonchamps - A tragédia de Filipe Daudet", texto de Stefan Zweig, que está no seu livro "A marcha do tempo". Aqui vos deixo, pronto a imprimir e ler, um mistério, talvez sem mistério nenhum, que se repete.









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P.S.

BRANCO NO PRETO. AQUI.

As citações vão passar a andar por aqui: tinta no papel (preto no branco), luz do conhecimento (branco no preto), quem escreveu, onde, para pensar

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