quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Recordações.


Não são do Vale das Barrocas
Nem do tempo da infância
Do frio e da matança do porco
Da apanha da azeitona
O sabor e o cheiro que se fizeram presentes
De tangerinas ofertadas

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Post scriptum:

Chá de limonesa;
Olhos a arder no fumo da enorme lareira;
O postigo;
Candeeiros a petróleo;
Recordações de inverno.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Por viela em Dia de São Vicente...

 Há pixelização e falta-lhe espaço para foco perpendicular. Continuo sem compreender a arquitetura do mural. Fiquei pela diagonal caminhando. A eloquência das palavras faz o resto...

'NASCER PEQUENO E MORRER GRANDE É CHEGAR A SER HOMEM. POR ISSO, DEU DEUS TÃO POUCA TERRA PARA O NASCIMENTO E TANTAS PARA A SEPULTURA. PARA NASCER, POUCA TERRA, PARA MORRER TODA A TERRA; PARA NASCER, PORTUGAL, PARA MORRER, O MUNDO'

Depois dá para tudo, mas para mim a grande descoberta foi que, afinal, é sobre Santo António, as palavras retiradas do Sermão [NÃO LER]. A nossa universalidade.


Não choveu e clareou. Ah!... o distanciamento... faz-se o que se pode com o que se tem.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Escaparam...



De ser pisadas
À indiferença
Escaparam

Foi cor
Em olhar atento


Caeiro, afasta o meu agouro
À falta de horizonte
Há sempre o céu por perto
Ou os interstícios da calçada
Que evito pisar

Talvez haja verde,
Ou outra cor
A que não escape...

domingo, 9 de janeiro de 2022

Presentear o cliente.



Reportagem de Ápio Garcia [página 87] sobre "um casamento principesco" ocorrido em Cascais, e lua de mel na Madeira.

A secular Rua da Palma sobrevive, o Casanova já não publicita a camisa chic do homem distinto.

Perdida no amontoado de alfarrábios, no Nunes, em dia de partida para a UAlg. Um presente à curiosidade.

sábado, 1 de janeiro de 2022

Cómodo o meu cómodo.


Circadiano.

Ilusões – esperanças passageiras,
Passos falsos – e “passas” verdadeiras,
Pássaros, Passarões – e Passarolas
Uns à solta e outros em gaiolas,
Todos vão, de passagem, pelo ar…