O tempo que medeia estas duas imagens é a minha ausência neste espaço (e mais um pouco).
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EU_INÍCIO_2016-08-07_12h22m16s --> EU_TÉRMINO_2016-09-04_12h56m04s |
É tempo tracejado de trabalho, o que estou a fazer no início (era domingo), num local improvável e agradável (MNAA). No término estou no meu picotado de lazer (era domingo), tutelado pelo Cupido. O local, e o recanto , é o mesmo, o Cupido está nos dois, e reza assim...
O picotado foi acontecendo em torno do epicentro Pé da Serra (a nossa aldeia, a Terra), base logistica de apoio, remanso que sempre espera por nós, que não é nada e é tudo, no vaivém semanal que ía decorrendo.
Do que vi e senti, do que aconteceu, do que descobri, do que fui escrevendo e reescrevendo na minha cabeça, mas que não chegou ao papel, alguns rabiscos e notas que de tão esparsos e dispersos não dão escrita, das várias mensagens que acalentei colocar aqui, todo o tempo que passou e disfrutei, por onde andei.
Na viagem de ida aproveitava para ler, na de regresso já se fazia sentir a falta de luz, pouco aproveitei, normalmente os esparsos que me acompanhavam (folhas que imprimi sobre os mais diversos assuntos, na forma de artigos e poemas, e que andam sempre por perto). Deu para ler Porquê «O Nome da Rosa»? do Umberto Eco, e As Mãos Inteligentes do Juhani Pallasmaa, que livro admirável. Cheguei ao capítulo 5, ficaram por ler mais três. Antes da Introdução o livro começa com esta peça de artesanato:
Ainda não experimentei fazer o exercício. En passant, normalmente fora de viagem, Uma Temporada no Inferno do Rimbaud, e folhas de poesia.
Tive uma breve colaboração, em voz alta, na leitura dos Lusíadas, aplanados e prosados pelo João de Barros, a parte maior ficou com a Roberta e os adolescentes em férias. Estranharam a princípio, mas depois gostaram.
Acrescento o apontamento que posteriormente lhes transmiti, e que está no Diário de Sebastião da Gama (página 165 da 1.ª edição), que passo a transcrever: «Os Lusíadas não são a História de Portugal em verso... Os Lusíadas era principalmente o poema do orgulho do homem e da confiança em si, nas suas forças, na sua independência, que o homem finalmente adquire».
Reencontrei Tude de Sousa, com o qual convivo semanalmente na toponímia de Sintra (que lhe facilitou a realização do velho sonho... no meu caso começo a desconfiar que será um gólgota, assim mesmo com letra minuscula)... afinal é natural de Amieira do Tejo, e com ele intuí, ou pelo menos assim o entendi (posso estar errado), que solilóquio também pode ser sinónimo de Curriculum Vitae, no caso presente, e título desta mensagem, é tão somente uma ordenação lógica do se se passou em viagem, um acerto de contas comigo mesmo.
Do que fui e fomos, vendo e descobrindo, fica só a ausência do registo fotográfico dos banhos tomados nas várias piscinas e praias fluviais, o melhor ficou na pele e nos músculos, brincadeiras e mergulhos, nas sandes de atum e das frutas que marcaram o palato. Sertã e Cardigos foram as mais visitadas, mas também estivemos no Mação, Carvoeiro, Ferreira do Zêzere (Lago Azul), Alter do Chão e Belver (Alamal).
Pormenores e perspetivas dos locais por onde andei e andámos. As fotografias aéreas são do site A Terceira Dimensão - Fotografia Aérea, contextualizam e ressaltam a monumentalidade, orientam-nos. Levei algumas impressões comigo para descobrir pormenores inacessíveis, ou para melhor explicar o que estávamos a visitar.
Por ordem cronológica, alguma coisa do que ficou:
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SERTÃ |
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MARVÃO |
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MARVÃO - MISERICÓRDIA |
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MARVÃO - CISTERNA |
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MAÇÃO |
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MAÇÃO - MARQUISE EM RUÍNAS |
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TOMAR - CONVENTO DE CRISTO |
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TOMAR - SILHUETA E JANELA |
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DORNES |
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DORNES - CEMITÉRIO E TORRE |
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LISBOA - TERMINAL RODOVIÁRIO SETE RIOS |
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FLOR DA ROSA - MOSTEIRO |
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FLOR DA ROSA - ANDORINHAS NO MOSTEIRO |
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ALTER DO CHÃO - CASTELO |
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CAPA DO CADERNO DA MINHA INFÂNCIA (O MEU ANDA PERDIDO, MAS SEI QUE O TENHO, SOCORRI-ME DESTE SITE) |
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AMIEIRA DO TEJO - CASTELO |
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BARCA DA AMIEIRA (DO LADO DO CONCELHO DE NIZA) |
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BARCA DA AMIEIRA (DO LADO DE LÁ É CONCELHO DE MAÇÃO, PELO MEIO UMA LENDA) |
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AMIEIRA DO TEJO - CASTELO E A LEMBRANÇA DOS FIGOS DELICIOSOS QUE COMI |
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FÁTIMA - CENTENÁRIOS |
E foi assim, faltou ainda referir os poemas e escritos, partilhados em voz alta, do Fernando Pessoa: Liberdade, Mandamentos (o quarto aplicou-se um certo dia na Sertã), o final da Nota Biográfica e Do vale à montanha (O Cavaleiro Monge cantado pela Mariza).
E tudo isto é um recomeço, o deste espaço, e o de uma certa pessoa que completa hoje mais uma volta ao Sol. Parabéns Gustavo :)
VALETE, FRATRES.