domingo, 30 de novembro de 2014

Orbitando...

Com quarenta e cinco electrões acabas de chegar ao ródio. Vens do ruténio, e eu estou na prata, tudo metais de transição :) É como a vida... em transição.

Gosto particularmente da flor da esteva, alva, com aspeto de papel amarrotado, centro solar, à volta do qual gravitam as cinco chagas de Cristo (sempre achei o número 5 bonito), orvalhada então fica perfeita. A beleza silvestre. Falta o cheiro, esse não é da flor, mas das folhas resinosas da esteva em dias de calor. Consegues relembrar?

Esta é para ti :)

Muito parabéns mana, são 45 volta ao Sol, na irmandade :)

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P.S. "Um Mundo Infestado de Demónios" do Carl Sagan, ou "O Significado de Tudo" do Feynman, qual foi o que atiraste ao chão e lhe saltaste com os pés em cima?... já não me recordo, mas foi engraçado. Entre irmãos também existem picardias, esta foi sobre astrologia, se não me engano. Admito que fui mauzinho :)

domingo, 16 de novembro de 2014

Niilismo.





Saúde, dinheiro, futuro (sonhos),
a trilogia do desespero,
quando se tem o sem.
Ou o fim que está próximo,
ou o fim que se faz presente.

O passado esse dói:
pelo que não se fez,
pelo bom que já lá vai.






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P.S. 15/11/2014, a conduzir na Estrada Velha de Queluz, em direção a Lisboa (foi o começo).

domingo, 9 de novembro de 2014

A Relíquia.

Não é a do Teodorico Raposo, é a minha, memorável lembrança do fugaz tempo e da minha desesperança (há sempre que acreditar). Tudo é possível, tudo passa. Vinte e oito anos durou, já passaram vinte e cinco desde que acabou. Cada vez mais um ponto na reta do tempo.

Dos acontecimentos mundiais que vivi este continua a ser o primeiro, o que me toca (o combate aos totalitarismos), aquele que supunha "eterno" (no meu tempo de vida). Mas que confrangedora desesperança, aprendi a lição.

Frente e verso do meu pedaço do Muro.
Verso e frente do meu pedaço de arte. V de... Só a arte salva?

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P.S. Quanto ao "sinónimo" da mensagem anterior, estava a pensar numa palavra mais prosaica: envelhecer (é o escultor tempo Osvaldo :)

domingo, 2 de novembro de 2014

Tridimensionalidade.

Com o tempo (de vida) ganhamos tridimensionalidade. Nascemos num plano (temporal), onde estão todos os que nos cercam, em que tudo está a acontecer, agora (não há estórias e história a depositar), o espaço é o que nos envolve, e está lá. Enquanto jovens não nos apercebemos que, lentamente (dia a dia), vamos ganhando profundidade. Cada dia é uma folha de papel em branco, pronta a usar, que vai juntando.

Na fase de existência plana tudo é presente, ou pelo menos a profundidade do passado passa despercebida. Estão todos lá, vivos, os familiares, os amigos e conhecidos, o espaço não se altera, o mundo não se altera (nem damos por ele). Os acontecimentos presentes ofuscam, não existe passado, ou se existe está perto, é o domínio do plano.

Com o tempo (de vida) as páginas do nosso livro vão aumentando, a tridimensionalidade vai-se sobrepondo/impondo, perdemos/ganhamos pessoas, coisas, movimentamo-nos nesse espaço (de memória e físico). Passa a existir termo de comparação, o balanço do deve e haver, um certo desfrutar que nos é oferecido, basta estar atento. Por exemplo, as estações do ano, durante muito tempo só existia verão, só o verão contava, agora não vejo, não sinto, não penso assim. Estão as quatro presentes, continuo a gostar do verão, mas a doce primavera descendente (outono), ou a ascendente primavera, moldam o meu relevo temporal, e fazem as minhas delícias. Definitivamente o inverno é que continua na mesma (mesma opinião), mas há sinais de mudança no ar (no meu ar, que dá que pensar :) É a tridimensionalidade ;) Está a pensar num "sinónimo"?

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P.S. Sentado, contemplando, escutando, escrevendo...

Miradouro da Vigia (Sintra), ontem de manhã. Quatro focos de interesse assinalados, de costas voltadas para o quinto. 

lendo...

Revista do Jornal Expresso.