O livro começa onde os acasos da vida me levam, e se é certo que o ofício da escrita é para mim coisa nova, a São chega-lhe bem, certeira e despojada, com aquela irreverência que lhe conhecemos.
O pulsar da vida vivida está lá (pessoas), aproveita-se muita coisa (ensinamentos), é fruto carnudo, sustento prazeroso que recomendo. Resumindo, gostei e vou comprar o seu primeiro livro (Contrabando). Esta relação mercantil também é importante, e tem o seu lado metafísico (é o custo de oportunidade).
Com a cara do livro (a capa) tenho uma sensação agridoce. Gosto do grafismo das letras, embora difícil de ler, não gosto das cores, e o brinco-de-princesa (a São) provoca-me uma sensação sinistra, na forma como corta as letras e na proximidade do gotejar, fazendo-me lembrar ao mesmo tempo um insecto gigante. Mas não devia ser assim, porque conceptualmente está na corrente do livro, mas na minha cabeça não liga com o que ficou da leitura: optimismo. Ou tudo isto não passa de enganos meus.
Está feito Amélia.
Um forte abraço, de apertar corações (há sempre aqueles que não deixam a humanidade cair).
Carlos
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