((Misantropo)) De guarda-chuva em riste, passo apressado, cortando as ruas, cortando a chuva, rosto salpicado, cocuruto a salvo, a caminho do banco.
Depositado o pecúlio, mão no peito protegendo papéis no bolso para não se molharem, resoluto regresso à chuva, em passo apressado, cortando as ruas, rosto orvalhado, cocuruto molhado, de regresso ao início, alguém pergunta: o chapéu de chuva?... ficou no banco!
Aconteceu comigo a 10 de setembro de 2014... desligado.
----------------------------------
P.S. O quarteto que não dispenso: FJV, JPC, MEC e JCN, por ordem de leitura, não de importância, mas de disponibilidade. Por agora, e na minha janela de tempo, mas convém estar atento, aberto, curioso ao mundo.
Poesia é transmutar pensamentos em papel e tinta (lápis). Escrita mais ou menos intuída, pensada, desenhada, conseguida, acabada?... mais ou menos abrangente, universal ou pessoal. Quanto menos presa no tempo e no corpo melhor. Fica só este registo do que me passou pela cabeça (em construção).
((Misantropo)): esta grafia remete para um momento absorto.
Sem comentários:
Enviar um comentário