domingo, 12 de junho de 2016

De ninguém e do mundo...

... assim és António, que um dia nasceste, andaste por aqui e partiste, para o lado de lá, a 13 de junho. O lado definitivo, sem retorno, certamente o lado do tempo maior, que perdura enquanto houver quem se queira embalar na tua esperança.

O António é o exemplo, a força da compaixão, a virtude espraiada, a alegria ingénua de uma quadra popular, o que puxa pelo meu lado melhor... o de acreditar que é possível ir mais além no bem, e vencer no bem, senão...

Gosto de ti António, mas que importa isso. Lembra-te disso quando não fazes o que devias fazer, e traís o que acreditas que deves fazer.


Este é o meu Santo António de secretária, obra do João Ferreira. Perdeu o livro e ganhou um reco-reco, encimado por um Galo de Barcelos, e Menino macaquinho ao ombro... tudo ingénuo, simples e lindo.

Deslocado do seu pouso, fiquei indeciso entre o fundo contrastante do tronco do plátano, ou a rudeza da carrasca do pinheiro. É a minha mão que segura.

Gosto de me sentir cidadão do mundo, carregando a minha pele, nu como o irmão Francisco. Porque amanhã é o teu dia, António, não resisti e mandei tudo às urtigas, o que tinha pensado escrever, e surgiu isto que agora termino.

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Post scriptum:

File:Bastein-Lepage Diogenes.jpg
A lanterna de Diógenes... acessa em pleno dia, à procura de...
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bastein-Lepage_Diogenes.jpg

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