O Pomarinho / Bananeiro fica em frente [01/10/2019] |
De quando em vez espreito o Rio das Maçãs, que "invejo" pelo cuidado, curiosidade e persistência do Pedro, que nos dá a conhecer a nossa região de Sintra. A semana passada trocamos cumprimentos breves no talho do Mucifal, mas não deu tempo, nem era oportuno por causa da situação de pandemia que estamos a viver, alongar-me na conversa. É que andei todos estes anos sem dar pelo Robert Southey. Fantástico Pedro!
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Não se fica indiferente a Sintra, pelo óbvio, pelas razões de cada um, como espelha o cartaz acima de 1920, mas também quando se critica. Por exemplo, o Palácio da Pena, bem vistas as coisas também tem um certo lado kitsch, amálgama de bric-à-brac. A primeira vez que fui confrontado com tal apreciação achei injusta, mas estava ofuscado. É tão bom contemplar-te do "Trono da Rainha" [sem contradição].
Quando descubro o artigo da Professora Maria Zulmira Castanheira, Robert Southey, o primeiro lusófilo inglês, publicado na Revista de Estudos Anglo-Portugueses, número 5 de 1996, páginas 59 a 120, o "fantástico Pedro" sobe de tom. E da sua leitura chego ao ponto onde me encontro: o citado poema "Musings after visiting the Convent of Arrabida" [página 95], que procurei, com a titular palavra Musings que desconhecia.
De Sintra derivei para a Serra da Arrábida, as duas generosas companheiras de Lisboa, e partindo da bruta tradução do Google irei cinzelar a minha, na medida dos meus parcos conhecimentos de inglês. Exercício prazeroso que me pode levar a misturar vivências e leituras da Arrábida [Sebastião claro está].
O PONTO DE PARTIDA: a portabilidade de uma folha, e o efeito multiplicador [uma constante da vida, tão concreta e definida, como outra coisa qualquer] de um poema na cabeça. Fica prometido o resultado, aqui, para depois.
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Post scriptum
De certa forma enraizei-me em Sintra, alienei-me nela, e na minha inépcia subi ao meu gólgota. E castigo supremo: só passo, não permaneço. Fica registado.
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