- Para que viver?
- Qual o motivo da minha existência e da de qualquer outro indivíduo?
- Qual a finalidade da minha existência e da de qualquer outro?
- Que significa a distinção entre o bem e o mal que sinto em mim, e para que existe ela?
- Como devo viver?
- Que é a morte, — como posso salvar-me?
Tolstoi - Religioso e Sociólogo (Stefan Zweig - A Marcha do Tempo) |
Dei por mim a fazer este paralelo quando, por acaso, lia este artigo de Stefan Zweig sobre Tolstoi, e que podem encontrar AQUI. Rapidamente confrontei as duas personagens, ambas com vidas de sucesso:
GREY TOLSTOI
Ficção Real
Séc. XXI (EUA) Séc. XIX (Russia)
Magnata Aristocrata
Cidade Campo
Empresário Escritor
Vintes Cinquentas
BDSM(?) 6 Perguntas
É a marcha do tempo, de fundo e a de cada um. Apesar do hiato temporal entre ambas as personagens, têm um século a separá-las, as preocupações de cada um são as decorrentes das suas idades, o que é normal: aos vinte pensa-se no sexo, aos cinquenta pensa-se na morte, caricaturando e simplificando. O que não é normal no nosso tempo, digo nosso tempo porque é o tempo que me interessa, pois é o tempo em que estou vivo e que posso fazer coisas, entenda-se ser feliz, é querer reduzir a felicidade ao mito do eternamente jovem, seja em orgias bizarras, seja no consumismo, que não é mais do que ter sempre coisas novas. É bom ter coisas novas, mas só isso não chega, há que crescer, quanto mais não seja porque o relógio de cada um não pára, a bem ou a mal vais crescer e morrer, literalmente, e depois pode ser tarde para ser feliz... termina-se infeliz e amargurado.
Stefan Zweig, autor do texto que referi, e que ando a ler e a descobrir prazerosamente, neste momento tenho em mãos "A Marcha do Tempo", é facil de encontrar nos alfarrabista, a preços simpáticos (este custou-me 2,50€), foi um autor famoso e muito lido, mas que caiu no esquecimento, e que terminou os seus dias no Brasil, na maior de todas as insatisfações: o suicídio. Vale apena ler a sua Declaração de despedida e a foto da sua morte.
Tudo começou com um filme, e de insatisfação em insatisfação termino com um filme: Grand Budapest Hotel, baseado vagamente na vida e obra de Stefan Zweig (Gustave H. no filme). Uma triangulação na insatisfação: 3 personagens, 2 filmes, 1 livro, e a minha curiosidade insatisfeita, não esta, mas as que se seguem ;)
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P.S.
P.S.
- CASA STEFAN ZWEIG;
- Brasil, País do Futuro (livro de Stefan Zweig sobre o Brasil);
- Legião Urbana - 1965 (Duas Tribos) (o refrão desta canção é inspirado no livro);
- O romancista austríaco Stefan Zweig volta a brilhar;
- A história da vida de Stefan Zweig vai muito além de seu suicídio;
- A dupla morte de Stefan Zweig;
- Stefan Zweig, Wes Anderson, and a Longing for the Past.
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