segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O que se me oferece...

O caminho, vidas cruzadas e o arco da meta da vida.

De mãos gretadas, cheias de nada
Por vezes encontro um arco-íris,
E tenho a pretensão de passar por baixo dele.
É pouco contentamento por uma vida
Ilusão que se arrasta e pode levar ao abismo.
Como se ganha a vida?

17/1/2015 A caminho de Lisboa. O sinal fechou. Enquanto esperava observava o mastigar animalesco, numa figura jovem e ambigua (ele ou ela não sei), cheia de piercings. A figura redonda ao volante (será a mãe?) mexia-se atafulhada de roupa, olhando para o sinal, tudo emoldurado num carro decrépito, compunha o soberbo retrato suburbano.
Rascunhado nas costas da "Canção de Amor" do Eliot, que estou a ler pela primeira vez. Não tem nada a ver, mas era o papel que estava à mão.

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P.S. Há um círculo preto no cabeçalho, de abismo e medo. A vida é uma luta, a começar pelo corpo que constantemente tem de se renovar, de se manter organizado, para que a vida flua.
É fácil o caminho da vitimização, de alguém pensar por vós, de vos dizer o que têm de fazer, de vos dar os meios e as ideias, ficando apenas por vossa conta o fanatismo acéfalo de martires sanguinários.
Liberdade e tolerância são um compromisso exigente, escolhas que se fazem, riscos que se correm, o eu que se assume plenamente, na contrariedade, nos erros, nas coisas boas da vida... evoluindo. Assim se chegou ao Ocidente.

Clarificando conceitos:

Nota:  Prefiro os artigos da Wikipédia em inglês por estarem mais completos.

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